quinta-feira, 27 de novembro de 2014

João Gaspar Caçoete ( Ferreira-a-Nova, 1810 / Palmela, 1877 )

João Gaspar Caçoete nasceu em 1810 no lugar das Barreiras, na freguesia de Ferreira-a- Nova, no antigo concelho de Maiorca, extinto em 1853 (  hoje pertence ao concelho da Figueira da Foz ). O seu pai chamava-se, tal como ele, João Gaspar Caçoete, sendo natural do mesmo lugar das Barreiras. A sua mãe, Ana Simões, era natural do Casal dos Chouriços, na freguesia vizinha de Alhadas. Foi neto paterno de Serafim Gaspar Caçoete e Maria Gomes; materno de Manuel Simões e Teresa de Oliveira.

Casamento dos pais de João Gaspar Caçoete
     Desconhece-se quando chegou a esta região mas em 1821 um seu familiar , Manuel Gaspar Caçoete, era morador no lugar de Malpique, na freguesia de Sarilhos Grandes, tendo falecido em 1827, o mesmo sucedendo com os seus filhos varões;  em 1835 faleceu  Joaquim Caçoete, que também seria seu irmão ou primo. Em suma, sabe-se que João Gaspar Caçoete chegou solteiro a esta região, uma vez que os assentos de batismo dos seus filhos referem que casou na Igreja de São Jorge com Francisca da Silva. Infelizmente, esse assento de casamento  permanece desconhecido ou foi perdido.

     O primeiro filho de João Gaspar Caçoete foi batizado na Igreja de São Jorge de Sarilhos Grandes em 1841 e o mais novo foi baptizado na Igreja de São Pedro de Palmela no ano de 1859. A morada atribuída ao casal nos assentos de baptismo dos primeiros filhos é a Carregueira, no entanto posteriormente a Fonte da Vaca surge como local de morada da família. Dos nove filhos do casal, dois foram meus trisavós.

Joaquim, meu trisavô,  batizado na Igreja de São Jorge de Sarilhos Grandes
António, meu trisavô, batizado na Igreja de São Pedro de palmela

João Gaspar Caçoete faleceu em 1877 na Fonte da Vaca ( presentemente pertencente à freguesia de Pinhal Novo ), " tendo recebido os sacramentos da Santa Madre Igreja " e  " deixou filhos maiores e menores ". Terá deixado bens, pois existe um Inventário Obrigatório em seu nome, datado desse mesmo ano.

Nota: As freguesias  referidas no título correspondem à organização administrativa da época, que nem sempre é a atual, uma vez que o ordenamento do território sofreu profundas alterações ao longo dos tempos. No entanto, sempre que possível, será feiro o enquadramento atual dos locais referidos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

António Teixeira de Faria ( Arazede, 1805 / ? )

     António Teixeira de Faria nasceu em 1805 no lugar dos Bizarros, freguesia de Arazede, no antigo concelho de Cadima, extinto em 1853( a partir desta data esta freguesia foi integrada no concelho de Montemor-o-Velho ). O seu pai, Manuel Teixeira,  era natural do mesmo lugar; a sua mãe, Joaquina de Oliveira, era natural da freguesia vizinha de Cadima, tendo falecido dois meses após o seu nascimento.

     António Teixeira casou com Isabel Gomes Nogueira em 27 de Novembro de 1830 na Igreja de Nossa Senhora do Ó, na freguesia de Cadima. A certidão do seu casamento apresenta qualquer referência ao apelido Faria, nem as certidões de batismo dos primeiros filhos. O mesmo sucede nas certidões relativas aos pais, avós, bisavós e trisavós.

     Os primeiros três filhos do casal ( um dos quais faleceu ainda bebé ) nasceram no lugar dos Bizarros e foram batizados na Igreja de Nossa Senhora do Pranto, na freguesia de Arazede, no entanto outros dois nasceram nesta região onde se fixaram, tendo recebido o batismo  na Igreja de São Jorge de Sarilhos Grandes. Com base nas datas dos registos paroquiais, pode concluir-se que o casal chegou a esta região entre 1837 e 1842. Não encontrei qualquer prova documental que ateste o local da sua residência nestes primeiros anos, mas um assento de batismo datado de 1860 comprova que três filhos de António Teixeira de Faria são moradores no lugar da Carregueira.  No entanto, em 1865 parte da família encontra-se no lugar da Cascalheira (atualmente este lugar situa-se no limite sul da vila de Pinhal Novo ) e posteriormente dispersar-se-á por toda a região.

     Embora desconheça a data de óbito de António Teixeira de Faria, é certo que faleceu antes de 1881, ano do falecimento  da viúva Isabel Gomes Nogueira.
     


Nota: As freguesias referidas no título correspondem à organização administrativa da época, que nem sempre é a atual, uma vez que o ordenamento do território sofreu profundas alterações ao longo dos tempos. No entanto, sempre que possível, será feiro o enquadramento atual dos locais referidos.


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Francisco de Miranda ( Mira, 1803 / Palmela, 1871 )

Francisco de Miranda nasceu em 1803 no lugar das Cavadas, freguesia de São Tomé de Mira. Pesquisando no Google Maps, verificamos que este lugar situa-se aproximadamente a 230 Kms do local de destino, sendo percorrido a pé ou, na melhor das hipóteses, de carroça ou de burro, uma vez que o caminho-de-ferro ainda demoraria umas décadas a ser inaugurado.
Distância entre os lugares de Cavadas e Carregueira

Foi filho de António de Miranda e Rosária da Cruz; neto paterno de Manuel Jorge Loureiro e Estefânia de Miranda, do lugar dos Catarinões da freguesia de São João da Quintã Izento de Santa Cruz de Coimbra ( Tocha ), onde nasceram vários dos seus irmãos; neto materno de Francisco Ribeiro e Maria da Cruz, do lugar das Cavadas.

Chegou a esta região acompanhado de vários irmãos, tendo-se fixado no lugar da Carregueira ( atualmente freguesia de Pinhal Novo ). Em 1833 casou com Brígida dos Santos, natural da freguesia de Cadima mas igualmente moradora na Carregueira,  na Igreja de São Jorge de Sarilhos Grandes ( até 1850, é frequente os moradores dos lugares da periferia da freguesia de São Pedro de Palmela frequentarem as Paróquias de Sarilhos Grandes, Moita e Aldeia Galega ( Montijo ), bastante mais perto; ainda hoje há uma grande proximidade entre as populações destas zonas de confluência entre os concelhos de Palmela, Moita e Montijo ); foram testemunhas do seu casamento os seus irmãos Manuel e António.

Assento de casamento de Francisco de Miranda e Brígida dos Santos

Francisco de Miranda faleceu em 1871, na Carregueira ( freguesia de Pinhal Novo ) três anos após ter enviuvado e tendo deixado vários filhos. Foi sepultado no cemitério público de Palmela.

Os documentos genealógicos comprovam que o lugar da Carregueira já era habitado muitos anos antes do caminho-de-ferro ter chegado ao Pinhal Novo e de José Maria dos Santos ter iniciado o seu grande empreendimento agrícola nesta região. 

Nota: As freguesias referidas no título correspondem à organização administrativa da época, que nem sempre é a atual, uma vez que o ordenamento do território sofreu profundas alterações ao longo dos tempos. No entanto, sempre que possível, será feiro o enquadramento atual dos locais referidos.